#11 Olhar(es) | 07.ago.21

 


Imigração no Cinema

Cinema é movimento constante, 24 fotos por segundo, e o ato de sair de seu país de origem também consiste de movimentos, sejam eles geográficos ou culturais, que não terminam quando se chega ao destino final.

Tais movimentos podem partir de algo tão prático quanto um intercâmbio durante a faculdade ou tão complexo quanto a busca por melhores condições de vida ou até mesmo a liberdade, como é o caso de muitos refugiados.

Independentemente dos motivos, esse movimentar-se gera uma série de vivências e histórias complexas, que o cinema abraçou e transformou em vários filmes memoráveis sobre o tema. 

Separamos aqui 10 dos nossos favoritos:

  • A Jaula de Ouro (2013) | disponível no Amazon Prime Vídeo

COLÍRIO

Antes de se tornar um dos diretores mais influentes da história do cinema, Stanley Kubrick já mostrava grande interesse pela fotografia, tendo trabalhado como fotógrafo nas revistas Look e New York Magazine no final dos anos 40 e início da década de 50, e teria completado 93 anos neste último 26 de julho.Em homenagem ao seu aniversário, separamos aqui algumas das fotos tiradas por ele na Nova Iorque dos anos 40.


INDICAÇÃO DA SEMANA // LIVRO

Política como Produto: Pra Frente, Brasil, Roberto Farias e a Ditadura Militar é uma análise das relações entre a produção cinematográfica e o Estado brasileiro durante a ditadura militar (1964-1985), a partir de “Pra Frente, Brasil”, um dos filmes políticos mais emblemáticos e controversos do período e da trajetória profissional de seu diretor. Trata-se de um estudo afinado com os avanços mais recentes da historiografia sobre o período ditatorial e que, ao mesmo tempo, propõe um olhar histórico para o cinema que leve em conta, sem distinções hierárquicas, elementos estéticos e político-contextuais. É, nesse sentido, também uma contribuição aos historiadores que têm nos filmes seus objetos de pesquisa.

Assista uma conversa com o autor Wallace Andrioli, a professora Denise Rollemberg e Paulo César Gomes dentro do canal História da Ditadura

 


CINEMA EM CASA // CINESESC

O protagonismo feminino sempre se fez presente no cinema soviético, não só em personagens marcantes, mas também nas atuações de grandes diretoras. As mulheres têm destaque nos mais variados gêneros e em alguns dos filmes mais importantes da cinematografia soviética e russa. Com uma seleção de quatro longas-metragens de três décadas diversas, todos dirigidos por mulheres, a série Cinema #EmCasaComSesc, que começou no dia 9 de julho, traz um pouco do olhar feminino nesta cinematografia fundamental.


No drama de guerra “A Ascensão” (1977), premiado com o Urso de Ouro no Festival de Berlim, a diretora Larisa Shepitko adaptou o romance Sotnikov, do escritor bielorrusso Vassil Bykov, para contar a histórias de dois guerrilheiros soviéticos durante a Segunda Guerra Mundial. Em uma jornada de provação e sofrimento, sob o rigoroso inverno que assolava a URSS na época, os rapazes deixam seu acampamento na Bielorrússia à procura de alimentos para o grupo. Capturados pelos nazistas, reagem diferentemente ao mesmo tratamento brutal.


“Rapaziada!” (1981), de Iskra Babich, é um drama familiar que conta a história de Pavel, que enquanto servia o Exército recebera uma carta de sua mãe dizendo que Nastya, sua noiva, o traía. Ele decide, então, não retornar à sua cidade natal após o término do serviço militar. Treze anos depois, Pavel descobre que a mãe se enganara. Nastya morrera, deixando três filhos órfãos, a mais velha sendo também filha dele. O que fazer? O filme recebeu Menção Honrosa no 32º Festival de Berlim.


Em “O Homem do Boulevard des Capucines” (1987), deliciosa sátira ao western way of life, a diretora Alla Surikova também faz belíssima homenagem à sétima arte. Na alvorada do século 20, Mr. Johnny First chega ao Velho Oeste com um projetor e alguns rolos de filme. O título do longa é uma alusão ao Salão Indiano do Grand Café do Boulevard des Capucines, onde os Irmãos Lumière encantaram as plateias com sua maravilhosa invenção. O filme foi visto por mais de 60 milhões de espectadores na URSS.

 

 

 

O filme mais recente da seleção é a deliciosa comédia “Aluga-se uma Casa com Todos os Seus Inconvenientes” (2016), de Vera Storozheva. Um ambicioso corretor aluga a mesma casa de veraneio para várias famílias ao mesmo tempo, e depois de algumas situações embaraçosas as coisas parecem estar caminhando bem, quando o proprietário do imóvel retorna de uma viagem sem saber que o amigo a quem emprestara a casa, a tinha alugado. Além da direção feminina, as três famílias são lideradas por três mulheres fortes e extremamente diferentes que, não fosse a situação inusitada, dificilmente se conheceriam.

Todos os filmes já estão disponíveis na plataforma gratuita Sesc Digital: sescsp.org.br/cinemaemcasa

 

Veja o trailer do clássico “A Ascensão” e aproveite essa mostra imperdível e gratuita!


FIQUE DE OUVIDO // CINEMA NA VARANDA


Desde 2002, Chico Fireman, Michel Simões e Tiago Faria conversam de cinema, pela internet e fora dela. Em janeiro de 2016 essas conversas se transformaram no Podcast Cinema na Varanda, onde você ouve conversas sobre: principais lançamentos da semana, premiações de cinema, mostras e tudo que estiver em discussão sobre cinema, tanto os grandes lançamentos como os filmes mais autorais.

Os episódios são semanais (lançados toda Terça-Feira) e estão disponíveis nas plataformas spotify, deezer, iTunes e também no blog.

O Cinema na Varanda é feito pelos Varandeiros Chico Fireman (@filmesdochico), Cris Lumi (@crislumi), Michel Simões (@michelsimoes) e Tiago Faria (@superoito)


FILMES OLHAR

No mês de julho, o vento seco e a baixa umidade do ar ressecam a pele dos moradores de uma pequena cidade no interior de Goiás. Sandro divide seus dias entre o clube da cidade, o trabalho, o futebol com amigos e as festas locais. Ele tem um relacionamento com Ricardo, seu colega de trabalho. Mas a sua rotina começa a mudar com a chegada de Maicon, um rapaz que desperta o seu interesse e do qual todos sabem muito pouco. Direção: Daniel Nolasco

Vento Seco está sendo exibido em cinemas selecionados e online na www.salamaniva.com. Assista!


Encerramos com as palavras de Rayssa Leal, que aos 13 anos de idade marcou a história do skate ao conquistar a medalha de prata na estreia da modalidade Skate Street nas Olimpíadas:

“Não existe futuro sem passado. Se eu estou aqui hoje, é porque o skate brasileiro tem história. Se eu estou aqui hoje, junto de outros 11 atletas, é por causa de todos os skatistas ‘das antigas’ que fizeram o nosso esporte chegar até aqui. Se uma menina, de 13 anos, vai representar o Brasil hoje, é por causa de mulheres skatistas que me inspiram. Que me mostram que uma garota pode tudo. Hoje eu vou dar o meu melhor para representar o skate brasileiro, para honrar toda a nossa história! Tóquio é meu pódio e meu skate é minha medalha! Obrigada skatistas do Brasil! É nóis!”

Por um país com mais apoio a todos os esportes. O Brasil não é feito só de futebol masculino.

Boa semana, usem máscara e cuidem-se.


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