Brasil, Estados Unidos. 2019. Documentário. Cor. 76 min.
Sinopse /
Como é ser uma estrangeira na cidade mais conservadora dos Estados Unidos? Em 2001, a diretora brasileira Fernanda Pessoa, aos 15 anos, vive a experiência de ser uma aluna de intercâmbio por um ano em Mesa, no Arizona, considerada a cidade mais conservadora dos EUA. 15 anos depois – e dois meses antes da eleição de Donald Trump – ela retorna para tentar entender sua experiência lá e as ideias conservadoras em relação a temas como a fronteira mexicana, o estilo de vida country, a religiosidade e o patriotismo.
Viver na cidade mais conservadora dos Estados Unidos quando eu tinha 15 anos foi uma experiência de mudança de vida. O assunto é muito importante: estamos vivenciando o retorno da direita e movimentos conservadores em todo o mundo – inclusive em meu país, o Brasil.
A surpresa com a eleição de Trump é um sinal de que não estamos entendendo nosso contexto histórico e isto é muito perigoso. Vídeos zombando dos eleitores do Trump são populares na internet, mas não nos ajudam a compreendê-los e a tentar desconstruir suas idéias. Eu acredito verdadeiramente na compreensão de suas idéias “inimigas” para mudá-las. É isto que pretendo com este projeto – compreender um tipo de conservadorismo que influencia o mundo inteiro neste momento. Partindo de minha experiência pessoal, espero ter acesso a um assunto mais universal. O formato interativo parece apropriado por duas razões principais: primeiro, a internet é o lugar onde as polaridades acontecem em um extremo, e é interessante pensar como usar a internet para tentar reverter esta incapacidade de entender o outro; segundo, o website pode dar a qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo, a chance de experimentar (virtualmente) a vida na cidade mais conservadora dos Estados Unidos.
Também é importante questionar uma prática muito comum na produção de documentários: cineastas de posições privilegiadas, muitas vezes de países como os EUA ou dentro da Europa, personagens de filmes das classes sociais mais baixas e/ou de países subdesenvolvidos da África, Ásia ou América do Sul. “Zona Árida” faz uma inversão desta tendência hegemônica, já que uma cineasta latino-americana aponta sua câmera para a maior potência econômica do mundo. Se o olhar estrangeiro tem a distância necessária para ver as coisas que são naturais a uma cultura de maneira diferente, olhar para algo de uma perspectiva externa também pode nos fazer perceber coisas sobre nossa própria cultura. Como nós, no Brasil, somos influenciados pela cultura americana? Nosso conservadorismo está relacionado com a deles?
Fernanda Pessoa – Diretora
Uma produção rica e interessante, que não tem medo de mostrar o lado sombrio do sonho americano.
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Direção e Roteiro
Fernanda Pessoa
Produção
Antônio Junior, Fernanda Pessoa
Produção Executiva
Raiane Rodrigues
Assistente de Direção
Mari Nagem
Direção de Fotografia
Rodrigo Levy
Montagem
Germano de Oliveira, Mari Moraga
Som Direto
Corbins Billings
Desenho de Som
Daniel Turini, Fernando Henna e Henrique Chiurciu
Mixagem
Daniel Turini
Trilha Sonora
Pedro Santiago
Direção de Narração
Maeve Jinkings
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