Um Animal Amarelo

Brasil, Portugal, Moçambique, 2020. Comédia. Cor. 115 min.


Sinopse
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Brasil, 2017. Fernando, um falido cineasta brasileiro, cresceu assombrado pelas memórias violentas de seu avô e assombrado pelo espírito de um homem moçambicano que lhe prometia riquezas e glória. Acossado pelo atual estado político e cultural de seu país, o cineasta mergulha em uma jornada de desventuras e inesperados milagres, em busca de fantasmas do passado.

Assista Quando e Onde Quiser

Nota da Direção

Intuitivamente, eu sabia que para fazer esse filme e encontrar essa voz, eu precisava viajar. E por isso decidi que queria fazer deste o meu primeiro longa (este é meu 4º) filmado fora do Brasil. Porque de alguma forma, eu sentia que o Brasil sobre o qual eu queria pensar e sentir, era também feito destes desterros físicos e de alma. Filmar, assim em Portugal e Moçambique, não foi como filmar no estrangeiro, mas filmar ainda mais perto de mim, instalando minhas vísceras, me vendo pela nuca, reinstalado como cineasta brasileiro. E, claro, voltei desse mergulho cheio de dúvidas, com a sensação de que a própria ideia de Brasil feito de ruínas culturais está hoje se desfazendo por completa, se tornando uma ainda mais nova ruína. E com a sensação de que meu lugar criativo, eu, “branco brasileiro” mestiço de tantos medos e fantasmas, deveria estar além do silêncio diante dos dilemas raciais e culturais que me ocupam o imaginário familiar e pessoal. Porque pensar qualquer construção, ou reconstrução de comunidade para enfrentar o desmonte extremista no poder agora, vamos ter de encarar de forma nova a equação da nossa antropofagia cultural. E esse pensamento novo deverá passar pelo fim na crença de um futuro paraíso prometido, mas acreditar na potência de um presente sempre feito da nossa auto-destruição, demolição, numa autofagia poética urgente e necessária. Entra talvez um Neo-Tropicalismo possível, uma nova modernidade almejada, esteja na construção de uma linguagem multi-idiomática, auto-debochada, e que não esteja preocupada em se, e nos, salvar. 

Felipe Bragança – Diretor

Uma tragicômica fábula tropical.

A Equipe Que Fez Tudo Acontecer

Elenco
Higor Campagnaro, Isabél Zuaa, Catarina Wallenstein, Matamba Joaquim, Lucília Raimundo, Herson Capri, Thiago Lacerda, Sophie Charlotte, Tainá Medina, Matheus Lucena, Márcio Vito, Diogo Dória, Adriano Luz.
Direção
Felipe Bragança
Roteiro
Felipe Bragança, João Nicolau (colab.)
Produção
Marina Meliande, Luis Urbano
Fotografia
Glauco Firpo
Direção de Arte
Dina Salem Levy
Figurino
Ana Carolina Lopes
Montagem
Marina Meliande, Karen Black (colab.)
Som
Valéria Ferro, Renato Calaça, Miguel Moraes Cabral
Desenho de Som
Fernando Henna
Trilha Original
Jonas Sá, Ricardo Dias Gomes

Fotografia Still

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